E Cabral descobriu em BH num canto de fé

Cabral é compositor nascido em Gravatá – Pernambuco. Veio para o Rio de Janeiro com 02 anos, morando em Vaz Lobo – Madureira. Tocador de acordeon, mudou para Belo Horizonte aos 17 anos e dedicou-se a escrever poesias e a participar de concursos de literatura e festivais. Vencedor do primeiro Festival de Musica no Oriente Médio em 1988, com a música, “Dor de Amor”. Compositor de vários sambas, gravados por mineiros, cariocas e paulistas; Cabral enriquece a música brasileira com sua participação constante nas rodas de sambas de Belo Horizonte e no Rio apreciando as obras da base inicial do samba. Filho de Alice Cabral de Melo, onde colheu a sua iniciação musical, através do bandolim que a mesma tocava de um modo diferente, pois era canhota; adquiriu da raiz familiar, a veia poética, do tio avô poeta, João Cabral de Melo Neto, criador da famosa obra “Morte e Vida Severina”. Cabral é compositor de “Canto de Fé” em parceria com Ricardo Barrão e “Cantando a História do Samba” com Luiz Carlos da Vila.

 

Luiz Carlos da Vila é Kizomba, a Festa da Raça

Apelidado, por Nei Lopes, de Luiz Carlos das Vilas, pois trata-se de um sambista que, em suas músicas, encarna o verdadeiro espírito das vilas e bairros do subúrbio carioca: músicas alegres, espirituosas e, ao mesmo tempo, preocupadas com diferentes aspectos da realidade política e social de nosso povo. Em 1988, no centenário da Abolição do trabalho escravo no Brasil, compôs, junto com Jonas e Rodolfo, o samba enredo “Kizomba, A Festa da Raça”, o que deu a vitória à escola de samba Unidos de Vila Isabel, o seu primeiro lugar no carnaval, sendo este um de seus sucessos mais populares, sempre lembrado nas rodas de samba.

Carioca nascido em 1949, no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro onde, mais tarde, seria uma das figuras sempre presentes no já legendário bloco Cacique de Ramos, por onde também passaram outros grandes nomes do samba carioca. Em homenagem ao bloco compôs “Doce Refúgio”. Tem músicas gravadas por vários artistas, entre eles Simone, Fundo de Quintal e Zeca Pagodinho.

Considerado um dos sambistas mais sofisticados em atividade dedica uma admiração especial por Candeia, que rendeu em 1998 um disco, “A luz do vencedor”, pela CPC-Umes, dedicado exclusivamente à obra do compositor. Entre suas músicas mais conhecidas, “O sonho não acabou”, é uma homenagem a Candeia. Luiz Carlos da Vila, como o sacerdote de sua música, “ergue a taça, convoca toda a massa, neste CD que congraça gente de todas as raças, numa mesma emoção”, compôs “Cantando a História do Samba” para DORIS