Luiz Carlos da Vila é Kizomba, a Festa da Raça

Apelidado, por Nei Lopes, de Luiz Carlos das Vilas, pois trata-se de um sambista que, em suas músicas, encarna o verdadeiro espírito das vilas e bairros do subúrbio carioca: músicas alegres, espirituosas e, ao mesmo tempo, preocupadas com diferentes aspectos da realidade política e social de nosso povo. Em 1988, no centenário da Abolição do trabalho escravo no Brasil, compôs, junto com Jonas e Rodolfo, o samba enredo “Kizomba, A Festa da Raça”, o que deu a vitória à escola de samba Unidos de Vila Isabel, o seu primeiro lugar no carnaval, sendo este um de seus sucessos mais populares, sempre lembrado nas rodas de samba.

Carioca nascido em 1949, no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro onde, mais tarde, seria uma das figuras sempre presentes no já legendário bloco Cacique de Ramos, por onde também passaram outros grandes nomes do samba carioca. Em homenagem ao bloco compôs “Doce Refúgio”. Tem músicas gravadas por vários artistas, entre eles Simone, Fundo de Quintal e Zeca Pagodinho.

Considerado um dos sambistas mais sofisticados em atividade dedica uma admiração especial por Candeia, que rendeu em 1998 um disco, “A luz do vencedor”, pela CPC-Umes, dedicado exclusivamente à obra do compositor. Entre suas músicas mais conhecidas, “O sonho não acabou”, é uma homenagem a Candeia. Luiz Carlos da Vila, como o sacerdote de sua música, “ergue a taça, convoca toda a massa, neste CD que congraça gente de todas as raças, numa mesma emoção”, compôs “Cantando a História do Samba” para DORIS.