E Cabral descobriu em BH num canto de fé

Cabral é compositor nascido em Gravatá – Pernambuco. Veio para o Rio de Janeiro com 02 anos, morando em Vaz Lobo – Madureira. Tocador de acordeon, mudou para Belo Horizonte aos 17 anos e dedicou-se a escrever poesias e a participar de concursos de literatura e festivais. Vencedor do primeiro Festival de Musica no Oriente Médio em 1988, com a música, “Dor de Amor”. Compositor de vários sambas, gravados por mineiros, cariocas e paulistas; Cabral enriquece a música brasileira com sua participação constante nas rodas de sambas de Belo Horizonte e no Rio apreciando as obras da base inicial do samba. Filho de Alice Cabral de Melo, onde colheu a sua iniciação musical, através do bandolim que a mesma tocava de um modo diferente, pois era canhota; adquiriu da raiz familiar, a veia poética, do tio avô poeta, João Cabral de Melo Neto, criador da famosa obra “Morte e Vida Severina”. Cabral é compositor de “Canto de Fé” em parceria com Ricardo Barrão e “Cantando a História do Samba” com Luiz Carlos da Vila.

 

Ricardo Barrão, somos sambistas, somos irmãos

Ricardo de Souza Maciel, o Ricardo Barrão nasceu na cidade de Belo Horizonte. A família é composta de três irmãos: Ricardo, Fábio e Francisco. Seu pai tocava violão, despertando interesse musical tanto em Ricardo quanto em Fabinho, já Francisco enveredou por outros caminhos. Barrão compôs, junto a parceiros, sambas de sucesso como “Malandro no meu lugar”, “Essência Pura”, “Por onde anda Ângela” e “Um Beijo” – gravadas por Neguinho da Beija-Flor; “Sentimento Verdadeiro” – Agepê, “Batibum do Amor” e outras canções cantadas por Eliana de Lima. As canções de Barrão, intuitivamente são românticas, apesar de não declarar ser românico. Seu irmão, Fabinho do Terreiro, três anos mais velho, também compõe, tornando-se parceiros. Nas rodas de samba, Barrão e Fabinho, sempre cantam composições próprias, junto a outras veiculadas em rádios. Esta estratégia de transmissão rompeu barreiras e fez crescer o nome dos irmãos na comunidade do samba. Seus sambas são cantados sem apoio das redes de comunicação de massa e um bom exemplo disso é a “Leila”, um grande sucesso nas rodas de samba de Belo Horizonte. Junto com Cabral, Barrão faz uma apaixonada homenagem ao sambista com o samba Canto de Fé, interpretado tão maravilhosamente por Dóris.